Brigadeirão envenenado: veja quem é quem e a cronologia do caso

  • 05/06/2024
(Foto: Reprodução)
História de Ormond e Júlia começou há mais de 10 anos. Suspeita se entregou nesta terça (4), após 12 dias de buscas. Suspeita de matar namorado envenenado com brigadeirão se entrega no Rio Júlia Andrade Carthemol, suspeita de matar o namorado, Luiz Marcelo Antônio Ormond, com um brigadeirão envenenado, se entregou no fim da noite desta terça-feira (4), após ficar 12 dias foragida. Ela ficou em silêncio na delegacia. A história de Júlia e Ormond começou em 2013, entre idas e vindas, e se intensificou há 2 meses. O empresário foi encontrado morto em 20 de maio dentro de casa, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em estado avançado de decomposição. O g1 traz agora a cronologia do caso — mas, antes, apresenta quem é quem. Júlia Andrade Cathermol Pimenta está foragida da Justiça desde o dia 22 de maio, quando prestou depoimento e foi liberada. Reprodução TV Globo Os personagens Luiz Marcelo Antônio Ormond, 44 anos, empresário, administrador de imóveis, encontrado morto dia 20 de maio; Júlia Andrade Carthemol, 29 anos, psicóloga e, segundo a polícia, garota de programa. Apontada como assassina de Ormond; Suyany Breschak, 27 anos, se apresenta como cigana e diz ter feito trabalhos espirituais para Júlia, pelos quais teria a receber R$ 600 mil. Foi presa por envolvimento no crime — segundo a polícia, é a mentora do plano. Victor Ernesto de Souza Chaffi, ex-namorado de Suyany, preso por receptação, solto após pagar fiança. Júlia Andrade Carthemol e Luiz Marcelo Antônio Ormond Reprodução/TV Globo A cronologia 2013 Ormond conhece Júlia numa sala de bate-papo na internet. Até 2017, eles têm relacionamentos curtos e esporádicos. 2023 Ormond e Júlia retomam contato, mas o romance só engata este ano. 19 de abril, sexta-feira Júlia se muda para a casa de Ormond. 24 de abril, quarta-feira Ormond muda o status de relacionamento no Facebook para “casado”. 25 de abril, quinta-feira Ormond e Júlia comemoram o aniversário dela. Ela completa 29 anos. 6 de maio, terça-feira Júlia vai a uma farmácia e compra, com receita, R$ 158 em Dimorf, um medicamento à base de morfina. Os 60 comprimidos seriam moídos e adicionados ao brigadeirão. Farmácia onde Júlia comprou a morfina Reprodução/TV Globo 11 de maio, sábado Ormond e Júlia passam o Dia das Mães na casa de uma tia dele. 17 de maio, sexta-feira Ormond e Júlia descem de elevador com o brigadeirão com morfina Reprodução/TV Globo Às 17h04, Ormond e Júlia são gravados no elevador do prédio dele, descendo para a piscina. O empresário segura um prato coberto com papel-alumínio onde, segundo a polícia, está o brigadeirão com morfina. Ainda de acordo com a investigação, Ormond come o doce manipulado. Às 17h47, o casal sobe até o apartamento. A câmera do elevador registra Ormond tossindo muito e desatento — ele chega a prender o dedo na porta do equipamento. Uma vizinha que também subia nota o estado alterado do empresário. Ele ainda diz: “Não tô bem não”. Segundo a perícia, Ormond provavelmente morreu naquela sexta-feira. Ormond prende o dedo no elevador Reprodução/TV Globo 18 de maio, sábado Júlia aparece na garagem do prédio. A polícia e a suspeita divergem a partir deste ponto. No depoimento prestado em 22 de maio, Júlia narra 2 sequências de eventos aparentemente contraditórias — e os investigadores refutam ambas. Primeira sequência, segundo Júlia: ela desce com Ormond “para tomar umas cervejas na parte da tarde”. De volta ao apartamento, Ormond toma 1 cerveja e passa a “suar muito”. Ele toma “um banho demorado”, e depois o casal fica vendo TV. Júlia vai dormir às 22h. Segunda sequência narrada por Júlia: pela manhã, ela acorda e vê “a sala repleta de bolsas”. Por volta das 11h, Ormond pede à namorada para levar tudo até o carro, um Honda CRV, e dirigir até a Favela da Maré, onde deveria “deixar o veículo”. Ela obedece. Ao manobrar, bate o retrovisor na garagem. Já no complexo, estaciona o CRV “na primeira rua após passar a [filial do supermercado] Vianense, à direita” [o que seria a Rua Teixeira Ribeiro, uma transversal da Avenida Brasil] e salta. Já distante, vê um “homem alto, magro, de bochecha meio caída, com cerca de 40 a 50 anos, moreno, tipo árabe” pegar o automóvel. Ela embarca em um ônibus até o Méier, onde “ficou um tempo passeando”, e voltou no fim da tarde para a casa do namorado de táxi. Ela conta que avariou o Honda, e Ormond, “bravo, lhe dá um tapa no rosto”. Ela chora, toma um banho, e se senta no sofá. Ormond pede desculpas e se deita no colo dela. Ambos vão dormir. Suyany Breschak e Júlia Cathermol Reprodução/TV Globo O que diz a polícia: Júlia não foi para a Maré. O rastreamento do CRV de Ormond aponta que a namorada dirigiu até Araruama, na Região dos Lagos, a 120 km do Rio de Janeiro. Lá, a mulher entregou o veículo para Suyany a fim de quitar parte da dívida de R$ 600 mil. Suyany declarou em depoimento que Júlia lhe disse que já naquele sábado “não estava suportando o cheiro do cadáver”, “que havia até um urubu na janela” e que “cobriu o corpo com cobertor e jogou água sanitária no apartamento”. 19 de maio, domingo O que diz a polícia: uma câmera no prédio de Ormond registra Júlia malhando na academia do condomínio. Júlia desce para a academia do prédio Reprodução/TV Globo O que diz Júlia: Ormond vai tomar banho, e ela aproveita para vasculhar o computador do namorado, descobrindo que o empresário “entrava em sites de relacionamento e se comunicava com outras mulheres”. O casal briga. No depoimento, Júlia não faz qualquer menção sobre ter descido para malhar. 20 de maio, segunda-feira O que diz a polícia: no início da manhã, segundo um porteiro, Júlia desce e pergunta se chegou alguma coisa para Ormond. Às 11h, uma correspondência chega, Júlia é avisada e desce, já com malas. Ela pega a carta e vai embora. Segundo as investigações, era um cartão de banco de uma conta conjunta recém-criada pelo casal, e Júlia estava justamente esperando chegar para deixar o prédio. Júlia pega o cartão de banco na portaria Reprodução/TV Globo Júlia deixa o prédio de Ormond Reprodução/TV Globo Incomodados com um mau cheiro, vizinhos acionam os bombeiros, que arrombam a porta do apartamento de Ormond e o encontram morto, em estado avançado de decomposição. Peritos dizem que Ormond morreu entre 3 e 6 dias antes. Como a câmera do condomínio o gravou na sexta-feira anterior, a data da morte provavelmente foi o 17 ou o 18 de maio. O que diz Júlia: eles acordaram, e Ormond fez o café. Ela tomou banho para ir embora, apesar de o namorado pedir para reconsiderar. Ela deixa o prédio quando o cartão chega. Ela “pegou a carta, viu que era o cartão, mas deixou com Luiz e foi embora”. 22 de maio, quarta-feira Júlia depõe à polícia na 25ª DP (Engenho Novo) na condição de envolvida. Naquele momento, segundo o delegado Marcos Buss, não havia base legal para a prisão. Depois que Júlia deixou a delegacia, Buss representou pela prisão da suspeita, e a Justiça expediu o mandado. Mas Júlia já tinha desaparecido. Começava ali uma busca de 12 dias. Júlia deixa a 25ª DP após depor Reprodução/TV Globo 29 de maio, quarta-feira Suyany e Victor são presos. Ela, por envolvimento na morte; ele, por receptação. Suyany Breschak Reprodução/TV Globo 4 de junho, terça-feira A mãe e o padrasto de Júlia são conduzidos de Maricá até a 25ª DP para depor — uma vez que não compareceram espontaneamente. A advogada de Júlia passa a negociar a rendição da cliente. Foram 12 horas de tratativas até que a psicóloga se entregou no fim da noite. Júlia Andrade Carthemol se apresentou à polícia acompanhada de uma advogada, no Rio Reprodução/TV Globo

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/06/05/brigadeirao-envenenado-veja-quem-e-quem-e-a-cronologia-do-caso.ghtml


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